"Planto meu jardim e decoro minha alma! Ao inves de esperar que alguém me traga flores. E aprendi, que realmente posso suportar... Que realmente sou forte E que posso ir muito mais longe Mesmo depois de pensar que não posso mais." "Sinto o som do batuque nos meus ossos, o ritmo do batuque no meu sangue. É a voz da marimba e do quissange, que vibra e plange dentro de minh'alma, - e meus sonhos, já mortos, já destroços, ressuscitam, povoando a noite calma." Geraldo Bessa Victor, Angola
sexta-feira, 26 de junho de 2009
EXU DE LEI
Que nos protege, e nos vigia,
em cada esquina, em cada lugar.
Que nos acompanha para todo o lado,
em qualquer hora, em qualquer lua.
Exu é pai, Exu é guia.
Pelo seus filhos vive a lutar,
e tantos o chamam para o caminho errado.
Meu pai perdoai-lhes a ignorância,
a ganância e o ódio, cega as pessoas,
a sede do poder fala mais alto,
e o valor do ser, dá lugar ao ter.
São como crianças na sua infância,
querem ser reis, e na cabeça coroas.
Mas esquecem que a queda depende do salto,
e no fim o que ganham é saber perder.
Meu pai Exu é rei na magia.
Desfaz embaraço e corta demanda.
Abre os caminhos, mas pode fechá-los,
quem manda é Exu, na lei da Quimbanda.
Dai-nos um pouco da sua alegria,
dai-nos um pouco do seu sorriso.
Protegei meu pai, quem for de direito,
e para os demais, que faça o juizo.
Almada, 6 de Junho de 2008
Extrato da obra - “Orixás em poesia” de Paulo Lourenço (Ramiro de Kali) Copyright © 2008
EXU
em noite de lua cheia,
no silêncio da escuridão,
ouvi uma gargalhada.
Era um homem vestido de negro.
Tinha um tridente na mão,
e usava uma capa encarnada.
Ao questioná-lo quem era,
sorriu, e falou assim:
Para si, meu nome é Exu,
mas muitos me chamam de Fera.
Sou guardião dos caminhos,
sou carrasco dos perdidos,
de todos eu estou á espera.
Em tempos, já fui seu igual.
Hoje vivo no mundo dos mortos,
mas caminho no meio dos vivos.
Conheço o bem, mas também o mal.
Ajudo quem pede, se for de justiça.
Puno a maldade, puno a vaidade, e puno a cobiça.
Exu é meu nome, me chame de tal.
Almada, 6 de Junho de 2008
Extrato da obra - "Orixás em Poesia" de Paulo Lourenço (Ramiro de Kali) Copyright @ 2008
quinta-feira, 11 de junho de 2009
DANÇA DAS CABAÇAS-EXÚ NO BRASIL
Dança das Cabaças - Exu no Brasil é uma investigação poética sobre a divindade africana Exu no imaginário brasileiro. Trazido pelos escravos com outros Deuses do panteão Yoruba, Exu foi colocado à margem e passou por um processo de demonização que se inicia na missão católica na África e se estende no período colonial brasileiro, onde seus atributos originais foram ocultados.
Exu que na África era caracterizado como o princípio da vida, a força que move os corpos, a dinâmica, o senhor dos caminhos e das encruzilhadas, a principal ponte entre os mortais e as divindades que habitam o além, passa a ser visto como a personificação do mal perante o modelo cristão, devido ao seu seu símbolo fálico e seu comportamento astucioso.
AYÉ - conjunto das forças do bem e do mal
Homenagem de Carmen à Carmen
Feiticeiro Negro
Para mim tu és Gabriel o enviado dos seres encantados que veio à terra no seio da minha família fortalecer o amor e a espiritualidade em nossos caminhos.Amor mágico de sorriso encantado obrigado por alegrar os dias e noites dessa minha existência tú és fruto do meu fruto e abençoado sejas sempre.ti amo bjs mágicos