
Mãe África plantada
Ao sul do Mediterrâneo
Linda nas tuas costas
Verde na tua mata espessa
E na imensidão dos teus desertos.
Ao norte te vestes de branco
Com nuances do negro
Ao sul tua veste é preta
Na riqueza da tua pele
E nos teus dialetos.
Teu ar ameno e fresco
Percorrem teus campos abertos
Atrai teus filhos nativos
Para o interior do teu seio.
Um dia os exploradores
Com a única preocupação
De retirar tuas riquezas
Deixaram em ti, marcas profundas
Ao arrancar do teu colo
Como simples mercadorias
Teus filhos concebidos
No teu ventre majestoso.
E em cada nação presentes
Enriquecem com nobreza a cultura
Na crença, na dança e nos costumes
Na herança do sangue forte
Na miscigenação das raças.
Deles herdamos o apelo d'alma
Na dor da sofrida saudade
Pois sem a própria vontade
Deixaram a pátria distante.
Mas hoje, na beleza altaneira
Festejam com todas as pompas
O valor e garra de uma raça
Que vive sua liberdade
Mesmo sendo conquistada
Com suor, dor e lágrimas.
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