
Orunmila, te venero
Orunmilá, te venero para sobreviver
Orunmilá, te venero para alcançar meus objetivos
Você que ensina a reconhecer o caminho da sorte
Saudamos Orunmila para que tudo o que fizermos seja bem sucedido. Saudamos Orunmila para que possamos sobreviver. Saudamos Orunmilá para termos axé.
Exú receba sua oferenda e nos abra caminho
Exú me proteja para eu não perder a paciência
Exú me proteja para que as pessoas não percam a paciência comigo
Ifá, bom dia a você na cidade de Ado.
Ifá, bom dia a você na cidade de Ilare.
Ifá, bom dia a você ai onde está, no local onde se escolhe o destino
Você que vive coroado, forte e firme como um elefante
Você que é sábio, calmo e gentil
Que também vive da magia.
Oh, Ifá, bom dia para você!
Oh, Ifá, bom dia para você!
Oh, Ifá, bom dia para você!
Oh, Orunmilá, bom dia para você!
Oh, Orunmilá, bom dia para você!
Oh, Orunmilá, bom dia para você!
Oh, Ela, que realiza casamentos, bom dia para você!
Oh, Ela, que realiza casamentos, bom dia para você!
Oh, Ela, que realiza casamentos, bom dia para você!
Você, rei que coroa outros reis, bom dia para você!
Ifá, eu te chamo para ouvir os meus problemas
Ifá, eu te evoco para ouvir os meus problemas
Ifá, você é Olugbo, aquele que ouve os problemas dos outros e orienta
Você, que com sabedoria e toda a dedicação ouve os problemas dos outros
Você, que veio da cidade de Ifé
Ifá venha para a terra ouvir o que seu filhote tem a dizer
Eku ageje ao andar corre
Quando eku ekasa ouve o choro do filhote não consegue ficar parado
O poder do fogo é sempre ode queimar por inteiro
Você venerável cidadão de Ifé,
Que se veste de mariwo,
Bom dia para você , no palácio Ado
O Rei Alake ao acordar não acorda melhor que você
Ifá, bom dia a você!
O morador da floresta ao acordar não acorda melhor que você
Ifá, bom dia a você!
O Rei de Benin ao acordar não acorda melhor que você
Ifá, bom dia a você!
O Rei de Ijebu ao acordar não acorda melhor que você!
Pedimos para que o awo não se torne ogberiO dia da minha morte
Certamente Ifá o adiará
Saúdem Ifá.
Faça com que o awo não se torne ogberi
Passei a mão na minha cabeça
Para espantar o azar
Saúdem Ifá
Faça com que o awo não se torne ogberi
Orunmila, seja bem vindo!
Orunmila, se você estiver onde nasce o sol, venha me ouvir
Orunmilá, se você estiver onde o sol se põe, venha me ouvir.


“Era uma vez um camponês que foi à floresta vizinha apanhar um pássaro para mantê-lo cativo em sua casa. Conseguiu pegar um filhote de águia. Colocou-o no galinheiro junto com as galinhas. Comia milho e ração própria para galinhas. Embora a águia fosse o rei/rainha de todos os pássaros.
Depois de cinco anos, este homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista. Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista:
- Esse pássaro aí não é galinha. É uma águia.
- De fato – disse o camponês. É águia. Mas eu a criei como galinha. Ela não é mais uma águia. Transformou-se em galinha como as outras, apesar das asas de quase três metros de extensão.
- Não – retrucou o naturalista. Ela é e será sempre uma águia. Pois tem um coração de águia. Este coração fará um dia voar às alturas.
- Não, não – insistiu o camponês. Ela virou galinha e jamais voará como a águia.
Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e desafiando-a disse:
- Já que você de fato é uma águia, já que você pertence ao céu e não á terra, então abra suas asas e voe!
A águia pousou sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá embaixo, cicscando grãos. E pulou para junto delas.
O camponês comentou:
- Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha!
- Não – tornou a insistir o naturalista. Ela é uma águia. E uma águia será sempre uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã.
No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia no teto da casa. Sussurou-lhe:
- Águia, já que você é uma águia, abra suas asas e voe!
Mas quando a águia viu lá embaixo as galinhas, ciscando no chão, pulou e foi para junto delas.
O camponês sorriu e voltou à carga:
- Eu lhe havia dito, ela virou galiha!
- Não – respondeu firmemente o naturalista. Ela é águia, possuirá sempre coração de águia. Vamos experimentar ainda uma última vez. Amanhã a farei voar.
No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo. Pegaram a águia, levantaram-na para fora da cidade, longe das casas dos homens, no alto de uma montanha. O sol nascente dourava os picos das montanhas.
O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe:
- Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não a terra abra suas asas e voe!
A águia olhou ao redor. Tremia como se experimentasse nova vida. Mas não voou. Então o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e a vastidão do horizonte.
Neste momento, ela abriu suas potentes asas, grasnou com o típico kau-kau das águias ergueu-se, soberana, sobre si mesma. E começou a voar, e voar para o alto, a voar cada vez mais alto. Voou... voou... até confundir-se com o azul do firmamento...”
E Aggrey terminou conclamando:
- Irmãos e irmãs, meus compatriotas! Nós fomos criados à imagem e semelhança de Deus! Mas houve pessoas que nos fizeram pensar como galinhas. Mas nós somos águias. Por isso, companheiros e companheiras, abramos as asas e voemos. Voemos como as águias. Jamais nos contentemos com os grãos que nos jogarem aos pés para ciscar.

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