
OFÒ FÚN BIBÓ ORÍ
(encantamento para propiciar a cabeça).
ÒRÚNMÌLÀ NÍ ODI ÈDÙN,
MO NÍ ODI ÈDÙN.
ÒRÚNMÌLÀ NÍ ODI ÈDÙN OKÀN,
MO NÍ ODI ÈDÙN OKÀN.
ONÍ TÍ EGBÉ ENI NBÁ LÓWÓ,
T’A ÀBÁ LÒWÒ,
Ò NÍ ORÍ ENI L’ÀÁ KÉPÈ.
ONÍ TÍ EGBÉ ENI BÁ À NSE,
OHUN RERE TÁÀBÁ RÍ OHUN RERE SE,
Ò NÍ ORÍ ENI L’ÀÁ KÉPÈ.
ORÍ MÌ, WÁ SE LÉ GBÈ LÉHÌN MI.
IGBA, IGBA, NÍ ORÒGBÒ NSO LÓKO;
IGBA, NÍ OBÌ NSO LÓKO .
IGBA, IGBA NÍ ATAARE NSO LÓKO.
IGBA , AJÉ KÓ WOLÉ TÓ MI WÁ.
OÒGÙN, ÀÌSÀN, EJÓ, WÀHÁLÀ,
IKÚ, ÀÍRÍJE, ÀÌRÍMU KÓ PÒÓRÁ .
TÍ EFUN BÁ WO INÚ OSÙN, ÁPÒÓRÁ .
KÍ GBOGBO WÀHÁLÀ MI PÒÓRÁ .
ÀWÍSE NÍ TI IFÁ, ÀFÒSE NÍ TI ÒRÚNMÌLÀ.
ÀBÁ TÍ ALÁGEMO BÁDÁ NI ÒRÌSÀ ÒKÈ NGBÀ.
KON KON NÍ EWÉ INÓN NJÓ,
WÀRÀ, WÀRÀ, NI OMODÉ NBO OKO ÈSÌSÌ.
ILÉ ÒGBÁ ÒNÒN Ò GBÁ NÍ TI ÀRÁGBÁ.
GBOGBO OHUN TÍ MO SO YÌÍ ,
KÍ ARÒ KÓ RÒ MÒ
ÀSE, ÀSE, ÀSE!
ÒRÚNMÌLÀ que fortifica os tristes,
Fortifique-me, eu estou triste.
Òrúnmìlà que fortifica o coração triste,
Fortifique o meu coração triste.
Senhor da comunidade, Aquele que é honrado e respeitado, é a cabeça de alguém cansado que invoca tua ajuda.
Senhor da comunidade, esteja conosco (me acompanhe),
Que as coisas boas nos encontrem, e que obtenhamos coisas boas, é a cabeça de alguém cansado que invoca tua a ajuda.
Minha cabeça, venha cobrir a casa e minha retaguarda.
Duzentos, duzentos, que orògbò cresça na floresta;
Duzentos, que obì cresça na floresta.
Duzentos, duzentos, que atare cresça na fazenda.
Duzentos, que o poder do dinheiro adentre minha casa.
Que as feitiçarias, as doenças, os problemas, as aflições,
A morte, a fome, a sede, desapareçam da minha vida.
Quando efun entra no osùn, ele desaparece.
Que todas as minhas aflições desapareçam.
Que a palavra de Ifá se realize, e a de Òrúnmìlà também.(como um canto)
E ao encontrarem Alágemo realizem-se através dos Òrìsà, que aceitam do alto.
A folha no fogo queima rapidamente, (que meus pedidos realizem-se assim).
Leite, leite, escorra para as crianças em quantidade, como é na Fazenda Èsìsì.
Que minha casa, meus caminhos, meus conhecidos se engrandeçam.
Que todos os meus votos façam desabrochar, e transformar-se para mim,
Afim de que ao nascer do dia eu encontre facilidades.
Assim seja!


“Era uma vez um camponês que foi à floresta vizinha apanhar um pássaro para mantê-lo cativo em sua casa. Conseguiu pegar um filhote de águia. Colocou-o no galinheiro junto com as galinhas. Comia milho e ração própria para galinhas. Embora a águia fosse o rei/rainha de todos os pássaros.
Depois de cinco anos, este homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista. Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista:
- Esse pássaro aí não é galinha. É uma águia.
- De fato – disse o camponês. É águia. Mas eu a criei como galinha. Ela não é mais uma águia. Transformou-se em galinha como as outras, apesar das asas de quase três metros de extensão.
- Não – retrucou o naturalista. Ela é e será sempre uma águia. Pois tem um coração de águia. Este coração fará um dia voar às alturas.
- Não, não – insistiu o camponês. Ela virou galinha e jamais voará como a águia.
Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e desafiando-a disse:
- Já que você de fato é uma águia, já que você pertence ao céu e não á terra, então abra suas asas e voe!
A águia pousou sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá embaixo, cicscando grãos. E pulou para junto delas.
O camponês comentou:
- Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha!
- Não – tornou a insistir o naturalista. Ela é uma águia. E uma águia será sempre uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã.
No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia no teto da casa. Sussurou-lhe:
- Águia, já que você é uma águia, abra suas asas e voe!
Mas quando a águia viu lá embaixo as galinhas, ciscando no chão, pulou e foi para junto delas.
O camponês sorriu e voltou à carga:
- Eu lhe havia dito, ela virou galiha!
- Não – respondeu firmemente o naturalista. Ela é águia, possuirá sempre coração de águia. Vamos experimentar ainda uma última vez. Amanhã a farei voar.
No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo. Pegaram a águia, levantaram-na para fora da cidade, longe das casas dos homens, no alto de uma montanha. O sol nascente dourava os picos das montanhas.
O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe:
- Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não a terra abra suas asas e voe!
A águia olhou ao redor. Tremia como se experimentasse nova vida. Mas não voou. Então o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e a vastidão do horizonte.
Neste momento, ela abriu suas potentes asas, grasnou com o típico kau-kau das águias ergueu-se, soberana, sobre si mesma. E começou a voar, e voar para o alto, a voar cada vez mais alto. Voou... voou... até confundir-se com o azul do firmamento...”
E Aggrey terminou conclamando:
- Irmãos e irmãs, meus compatriotas! Nós fomos criados à imagem e semelhança de Deus! Mas houve pessoas que nos fizeram pensar como galinhas. Mas nós somos águias. Por isso, companheiros e companheiras, abramos as asas e voemos. Voemos como as águias. Jamais nos contentemos com os grãos que nos jogarem aos pés para ciscar.

Um comentário:
Olá Carmen. tudo bem?!
Quando puder me envie por gentileza seu email de contato.
Grande Abraço,
Ps. Muito bom seu blog. Meus Parabéns !
Alexandre Silva
asousasilvas@hotmail.com
Postar um comentário